APARELHO AUDITIVO PARA IDOSOS, O QUE SE DEVE SABER ANTES DE COMPRAR?

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Como tudo em nosso corpo, o cérebro também vai se degenerando com os anos e como esses anos vão se tornando cada vez mais numerosos. Portanto manter o cérebro com o mínimo de degeneração possível se faz necessário! O segredo é mantê-lo funcionando sem  parar nunca (ou quase). Se todos vivêssemos até os 160 anos, todos demenciaríamos. Isso só não acontece porque morremos antes. Na geração de nossos pais não se via tanta demência como vemos hoje em dia! Nossa atual longevidade é a causa disto. Não é simplesmente o número de anos que deve aumentar, mas sim a meia idade. Os oitentões de hoje são os sessentões de antigamente! Perseguimos a juventude até nosso último dia! E que ele demore a chegar!

Os sentidos são nossos canais de comunicação com o meio ambiente, que nos mantém informados de tudo que acontece à nossa volta, e portanto, lúcidos e bem informados, como os jovens! Manter nosso cérebro jovem e bem informado exige disciplina e persistência! Não se entregar à velhice! Se você não enxerga bem… coloque lentes, se não se equilibra bem…  use bengalas, se não ouve bem… aparelho auditivo, mas não deixe de enxergar, caminhar, ouvir e outros.

A comunicação pelo sistema auditivo tem duas fases distintas. A primeira é levar som até o cérebro e a segunda é compreender o som que chegou lá!  Se o cérebro ficar muito tempo em privação auditiva, você pode vir a ter problemas de memória e esquecimento, porque a simples amplificação tardia  do som no ouvido nem sempre consegue reiniciar da mesma forma o trabalho do cérebro, lentificado por um período prolongado de privação sonora. Ninguém pode dizer que a surdez causa demência, mas ela é um importante fator de risco!

Quando um idoso coloca um aparelho auditivo, ele amplifica e faz chegar o som ao cérebro, que não necessariamente reassume seu desempenho original. É comum passar por um período de aclimatação (readaptação), onde um trabalho de ajustes do aparelho e reeducação auditiva por fonoaudióloga pode ser necessário! Mas é muito importante que a fonoaudióloga não fique sozinha com toda essa responsabilidade. O médico otorrino que indica o aparelho precisa atentar para todos os fatores que possam interferir na primeira (patologias do ouvido) e segunda fase (cérebro), e fazer sua parte: lidar com  distúrbios emocionais e neurológicos, equilíbrio, sono, muita medicação (polifarmaco), medicações específicas (em especial benzodiazepínicos), zumbido, dor crônica, entre outros. Esses fatores, se não tratados ou minimizados, podem determinar o fracasso da adaptação e aclimatização da protetização, porque o usuário do aparelho vai ter dificuldade de focar na mensagem e sua interpretação, em especial o idoso.

É um investimento alto que deve ser gasto com parcimônia e segurança, com o  suporte de profissionais da área, sob o risco de não usar mais o aparelho e perder o investimento! E o pior de tudo, abandonar uma ferramenta importante para seguir vivendo jovem e feliz!!!!

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